quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SAINDO DO CATIVEIRO





Salmos 126:1 e 2.
"Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de júbilo; então entre as nações se dizia: Grandes coisas o Senhor tem feito por eles."


1. Temos a nossa sorte restaurada quando Deus nos livra de cativeiros. Quantas vezes, somos aprisionados por situações. Tornamo-nos agrilhoados, a vida fica presa. Instala-se um tempo de dor e de sofrimentos. Mas, como a palavra de Deus nos diz em Salmos 30:5, parte b: "...Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã."
2. O cativeiro tem o tempo para começar, mas tem o tempo de acabar. Na vida da mulher do fluxo de sangue (Marcos 5:25-34), durou doze anos. Para o homem do tanque de Betesda que vivia aprisionado numa enfermidade, o cativeiro durou trinta e oito anos. 
3. O nosso cativeiro pode já ter-se tornado passado. Podemos ter experimentado a mesma alegria do povo de Israel, no verso primeiro de Salmos 126. Não acreditamos, parece mentira. Foram tantos dias, meses, ou anos de sofrimento. Mas, de repente, uma alegria tão intensa invade o nosso coração. A expressão "ficamos como quem sonha", retrata a verdade do que acontece com quem foi aprisionado dessa maneira. 
4. Percebemos que, como o povo de Israel, ficamos livres. Estamos de volta para a vida, para os nossos sonhos, para nossa família, para Deus. As amarras foram quebradas, o jugo acabou. Mas, há enormes desafios que nos aguardam.
5. O que vamos fazer com os estragos dos anos de cativeiro? Não somos mais os mesmos. Perdemos tanta coisa. Não somos mais tão confiantes. Tornamo-nos medrosos, desconfiados, inseguros. E agora o passado nos assusta. Um medo de tudo voltar a acontecer de novo. Nossa casa já não é mais um lugar seguro. Nossos amigos já não nos transmitem firmeza. Não acreditamos em mais ninguém. Asustados, é isso em que nos tornamos.
5. Estamos livres, mas como recomeçar? O que fazer com tudo isto? As lembranças nos afligem, minuto após minuto. Ao paralítico do tanque de Betesda, Jesus disse: Levanta-te, toma o teu leito e anda! João 5-8.
6. Levantar-se! Precisamos entender que nosso cativeiro só vai virar de fato passado, se nos levantarmos. A ordem de Jesus é para que você se levante. Este é o momento do recomeço. Esse é seu momento. Ninguém vai fazer isso por você. Jesus disse ao paralítico: Levanta-te! Mas não o tomou pela mão, não o levantou.
7. Naquele caso, o homem vivia há trinta e oito anos doente. Certamente, havia perdido a capacidade de sonhar, de querer, de tomar iniciativa, de ter alguma atitude diante da vida. Por isso, Jesus perguntou-lhe: Queres ser curado? (Verso 5) Mas, ele mesmo confessa ao Senhor Jesus que não conseguia chegar na água, quando ela se movia. Não tinha força, habilidade, iniciativa, decisão, atitude.
8. Mas, algo aconteceu quando Jesus lhe deu a ordem para se levantar. O verso 9, do capítulo 5 de João, diz que: "Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar." Ele se viu curado. Num abrir e fechar de olhos, ele tomou posse de uma nova visão. Que visão foi essa?
9. Uma nova visão de si mesmo. Anos e anos, ele se viu como um enfermo. Mas ao ouvir a palavra de autoridade de Jesus, ele recebeu uma unção de fé, que lhe deu poder para, em primeiro lugar, se ver curado. A visão que se segue, ao término do cativeiro é decisiva. O que posso ver?
10. Posso ver um coração terrivelmente destruído. Posso ver um ser totalmente acabado. Ou posso ver mil possiblidades. Posso ver todo sofrimento que ficou para trás. A lembrança, a história não exercerá poder sobre o meu presente. Vou colocá-la no lugar certo.
11. A cura se deu quando o homem se viu curado. Os que estavam ao redor podem ter visto um homem ainda doente, desnutrido, enfraquecido. Mas ele não se via mais assim. Isso é o que fez a diferença. O que eu estou vendo pode determinar se o cativeiro passou ou se ainda continua.
12. Apagar o passado, não posso. Mas, não vou trazê-lo para o meu presente. Ele vai ficar lá, numa página da história. Ele vai me servir de referencial. Nada mais que isso. É uma questão de decisão.  
13. A seguir, Jesus lhe disse: Toma o teu leito e anda. O leito significava algo de um passado. A cama era emblemática. Jogá-la fora? Deixá-lo lá, no poço? Não! Tomar o leito, significava: Você é senhor do seu passado. Agora você o controla. Ele não te domina. No máximo, a cama será levada até a casa. Não será mais uma cama de dor, de sofrimento. Mas uma cama de restauração, de descanso.
14. O que era dor, tornou-se motivo de louvor, de ações de graças.
15. A última ordem era: Anda!
16. Mova-se para frente. A cura das lembranças do cativeiro é construir um presente melhor. É viver uma realidade cheia de motivações, de alegrias. Não aceitar o rótulo do inimigo: Você não é... você não consegue... você é perdedor... você é um coitado.
17. Aprender a viver de acordo com uma visão de vencedor. Uma visão de quem não ficou no passado, mas está conquistando um novo tempo, um tempo de reconstrução, um tempo de recomeço.
18. Entender que perdeu muito tempo na vida do cativeiro. Agora, a palavra de ordem é: Resgate. Colocar todo o ser, toda a força para resgatar tudo o que perdeu no tempo da angústia, da dor.
19. Uma palavra Deus já deu. Você tem a palavra da promessa. Apóie-se nela. Viva por ela.
20. Você já atravessou o mar. Canaã está adiante. Conquiste-a. Você não está mais no Egito. O deserto ficou para trás, a visão agora é de uma Canãa adiante. A terra que mana leite e mel. Corra adiante.

Um comentário:

  1. É, temos mesmo de andar...sempre e adiante, vamos ver o passado como uma referência da história, que sempre pode nos trazer uma esperança de uma vida melhor com Deus, que conquistamos através do sangue do Cordeiro!

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