MEUS TEXTOS E REFLEXÕES





               Igrejas, Pastores e Mídias. 


Há uma clara empolgação com atividades na eclésia, ligadas à mídia. Todo o segmento das atividades sejam elas econômicas, sociais, religiosas ou quaisquer outras, tem uma forte atuação junto à mídia. Não se inserem neste contexto, as igrejas ou grupos religiosos que estão localizados em pequenas cidades, onde os meios de comunicação são poucos e de menor poder de transformação social. Ainda assim, há uma considerável força de influência exercida por pequenos veículos de comunicação, como as rádios locais e, em especialidade, as rádios comunitárias e os pequenos jornais.  
Nos grandes centros, as megaigrejas tem muito do seu crescimento creditado à utilização da mídia. Daí, o surgimento de pastores e pessoas com grande poder de comunicação de massa. Estão surgindo rapidamente, verdadeiros fenômenos que gravitam com desenvoltura nos meios de comunicação, expondo a vida da eclésia em nosso país. Ora comunicadores empunhando a Palavra de Deus, ora poderosos talentos musicais empurrando uma massa de crentes para grandes movimentos e eventos.
As igrejas, fora deste circuito, que se caracterizam ela ausência de pessoas de renome, vai vivendo das migalhas que caem dessa mesa poderosamente milionária. Um pequeno congresso aqui, um outro evento ali, com alguns nomes trazidos dos grandes centros, cujo custo possa ser absorvido pelos organizadores.
Vezes por ou outra, a participação de políticos à cata dos votos dos evangélicos, surge como possibilidades concretas de trazer para o meio simples das pequenas cidades as celebridades da mídia nacional. E, ainda para compensar essa exclusão, os evangélicos, membros de igrejas do interior promovem excursões, verdadeiras marchas de gente transportada para os grandes centros, indo à procura do inédito, do fenomenal, do espetaculoso.
Apesar desse isolamento sofrido pelas igrejas de lugares distantes, há líderes eclesiásticos e pastores que tentam sobressair, colocar o seu grupo, a sua igreja, numa mídia de pouca penetração, como é o caso das redes sociais.
Percebe-se um grande desserviço prestado ao evangelho, haja vista que na busca insana de publicidade, numa convergência midiática, alguns postam nas redes assuntos que deveriam ser comentados ou discutidos em fóruns adequados.
Além da exposição maldosamente intencional, é muito perceptível a falta de conhecimento das pessoas que se propõem a "dar pitaca" nos assuntos. Pessoas mal informadas, sem conhecimento de causa, desprovidas de ética, de respeito com as pessoas, com igrejas, ou com grupos religiosos resolvem se imiscuir em temas que não vão gerar mudanças, melhorias ou quebra de algum paradigma. E, em última instância, não promovem a evangelização de pessoas que utilizam as redes sociais.
Com pretexto de expor as verdades bíblicas, procuram se fazer conhecidos, "cair na graça do povo", utilizando um mecanismo equivocado.
O que podemos fazer concretamente para disseminar a verdade de Deus, é viver a verdade de Deus. Jesus disse isso, ao fazer a oração sacerdotal, em João 17, verso 21; "...a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste".
Espera-se dos evangélicos que estão presentes nas redes sociais é que mostrem os valores, os princípios do reino de Deus. Aproveitar com inteligência o espaço para disseminar alegria, otimismo, fé, amor, misericórdia, compreensão, etc.
Depois de sermos curados dos equívocos do marketing institucional, da ânsia pela promoção midiática, vamos trabalhar. Existe um mundo de desafios para a igreja. A evangelização dos povos continua sendo a grande desobediência da igreja ao último mandamento do Senhor Jesus.
O foco é o serviço. Êxito, sucesso e crescimento são consequência.


Um comentário:

Deixe seu comentário